Descrição
A invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte, em 1808, obrigou a corte portuguesa, sob a regência de D. João, a transferir-se para o Brasil, provocando transformações de natureza política e econômica e importantes iniciativas no campo militar, muitas das quais resultaram permanentes.
Ainda em 1808, por questões políticas, D. João determinou a ocupação da Guiana Francesa. Entre 1808 e 1816, foram criadas a Secretaria de Estado da Guerra e Negócios Estrangeiros, sendo seu primeiro titular D. Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares, e a Real Academia Militar, instalada na Casa do Trem da Artilharia (atual Museu Histórico Nacional), embrião da atual Academia Militar das Agulhas Negras. Nesta, inicialmente, matricularam-se 73 alunos, sendo que o Tenente-General Carlos Antonio Napion, atual Patrono do Quadro de Material Bélico, foi seu primeiro comandante. Em 16 de dezembro de 1815, o então Principado do Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve. Esta obra retrata o regente D. João e seu Gabinete de Ministros, a criação da Academia Real Militar e a ocupação da Guiana Francesa pelas tropas brasileiras.
Pintura em óleo sobre tela, de autoria do Cel Estigarríbia, datada de 1997 e medindo 208 cm x 154 cm, apresenta as principais mudanças empreendidas, no campo militar, pelo Príncipe Regente Dom João, após a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Destacam-se a criação da Secretaria de Estado da Guerra e Negócios Estrangeiros (sendo seu primeiro titular Dom Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares), e da Real Academia Militar, embrião da atual Academia Militar das Agulhas Negras, bem como a participação da Força Terrestre, sob a bandeira do Principado do Brasil, na ocupação da Guiana Francesa. Acervo do Salão Guararapes.