Descrição
A Guarda Real do Príncipe Dom Pedro, depois Imperial Guarda de Honra, foi criada em 1822 e extinta em 1832, após a abdicação de D. Pedro I. Era uma tropa de guarda especial, pertencente à Casa Imperial e não ao Exército. Na solenidade da coroação de D. Pedro I, a 1º de dezembro de 1822, a Imperial Guarda de Honra foi oficializada, apresentando-se com o capacete todo dourado que se tornaria tradicional. Este capacete é notável não só pela confecção como pela beleza e valor artístico. Todo dourado, coberto de escamas estampadas e encimado pelo dragão, timbre da Casa de Bragança (**), tem sobre este uma cimeira canelada da qual pende a cauda de crina preta. Na frente, “P I” (de “Pedro I”), coroado entre ramos a uma fita enlaçada, tudo de prata, e sobre esta, os dizeres: “Imperial Guarda de Honra”, em letra douradas. Penacho verde, cor heráldica da Casa de Bragança. Depois do segundo casamento de D. Pedro I, em 1829, a Imperial Guarda de Honra passou a usar outro capacete, de tipo bávaro, de couro preto com guarnição dourada, crina e penacho vermelhos Em 1927, o então 1º Regimento de Cavalaria (criado em 1808 por Dom João e atualmente 1º Regimento de Cavalaria de Guarda - “Regimento Dragões da Independência”) adotou uniforme histórico baseado no uniforme da Imperial Guarda de Honra, com o capacete no modelo de 1822. Algumas modificações foram introduzidas na ocasião: a sigla “P I” (“Pedro I”), que era usada como tope do capacete, foi substituída por uma estrela, e as Armas do Império, estampadas nos talins, foram substituídas pelas Armas da República. A cor dos penachos ficou convencionada da seguinte forma: BRANCO: para o comandante do regimento; AMARELO: para os oficiais, até o subcomandante; VERMELHO: para os soldados e graduados; VERDE: para os integrantes da banda de música. Acervo do Salão Guararapes.