interior da igreja foram esculpidos por Mestre Valentim, o grande artista do estilo rococó do Rio de Janeiro. Todavia, essas peças foram substituídas nas reformas posteriores.
O desenho da Igreja da Candelária foi inspirado em obras do barroco português, como a Igreja do Convento de Mafra e a Basílica da Estrela, na capital portuguesa.
Anos após a inauguração do templo, o projeto inicial, que só tinha uma nave, passou a ter três. A nave, anteriormente, construída foi substituída, porém a fachada original do projeto de Roscio foi mantida. Por volta de 1856 essa reforma foi encerrada.
Apesar de tudo estar indo bem, uma dificuldade pairava. A reforma da cúpula do transepto (parte de um edifício de uma ou mais naves que atravessa o corpo principal perto do coro e dá ao prédio a planta em cruz) representou um grande problema para a engenharia daquele período menos abastado de recursos modernos. Grandes profissionais brasileiros e estrangeiros foram chamados para resolver a questão. Arquitetos como Justino de Alcântara, Francisco Joaquim Béthencourt da Silva, Daniel Pedro Ferro Cardoso e o alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt agiram para que, em 1877, tudo ficasse pronto. Quando terminada, a cúpula da Candelária era a construção mais alta da cidade do Rio de Janeiro.
A decoração interna, iniciada um ano depois, seguiu o modelo neorrenascentista da Itália, com revestimento de mármores italianos policromados nas paredes e colunas, afastando-se assim dos modelos vigentes na época colonial. O desenho interior foi feito por Antônio de Paula Freitas e Heitor de Cordoville. As pinturas murais no interior são consideradas a obra prima de João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes. João contou com a ajuda de pintores como Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva e o italiano Giambattista Castagneto. O trabalho desses artistas durou anos, alcançando um aclamado êxito. Na virada do século XX, mais precisamente em 1901, foram instaladas as portas de bronze na entrada da igreja da Candelária, obra do português Teixeira Lopes.
Fonte: http://visit.rio/que_fazer/igreja-de-nossa-senhora-da-candelaria/ (Acesso em 16 de agosto de 2019).