Descrição
No início da Guerra da Tríplice Aliança, dois de nossos heróis corporificaram, em seu grau mais extremo, o sentimento do dever, sacrificando as próprias vidas em defesa da Pátria.
O primeiro foi o Tenente Antônio João Ribeiro, atual Patrono do Quadro Auxiliar de Oficiais. Em dezembro de 1864, no comando da longínqua Colônia Militar de Dourados, na atual cidade de Antônio João-MS, ao tomar conhecimento da aproximação de uma coluna inimiga muito superior em número, mandou evacuar os civis e resistiu, com sua diminuta guarnição de 15 homens, até sucumbir em combate frente à esmagadora superioridade adversária. Antes de morrer, enviou a seu comandante a mensagem que perpetuou seu exemplo de bravura e estoicismo: "Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo da minha Pátria". O segundo foi o Tenente-Coronel João Carlos de Villagran Cabrita, atual Patrono da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro. Durante a arremetida para fincar pé em território inimigo, no dia 10 de abril de 1866, no comando do 1º Batalhão de Engenharia, tombou vitimado por certeiro tiro de artilharia disparado da fortificação de Itapiru, no momento em que, a bordo de um lanchão, redigia a parte de combate da exitosa conquista da ilha de Redenção, imprescindível à transposição do Passo da Pátria. Esta obra retrata a ação do Tenente Antônio João, liderando heroicamente seus comandados na defesa da Colônia Militar de Dourados, e o momento em que o Tenente-Coronel Villagran Cabrita é surpreendido pelo fogo inimigo enquanto redige sua parte de combate.
Pintura em óleo sobre tela, de autoria do Cel Estigarríbia, datada de 1997 e medindo 208 cm x 154 cm, representa dois momentos heroicos da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870). Na diagonal superior, à esquerda do observador, a estoica resistência da Colônia Militar de Dourados, sob o comando do Tenente Antônio João Ribeiro (patrono do Quadro Auxiliar de Oficiais) contra o avanço esmagador das forças paraguaias invasoras. Na diagonal inferior, em primeiro plano, o momento em que o Tenente-Coronel João Carlos de Villagran Cabrita (patrono da Arma de Engenharia), comandante do 1º Batalhão de Engenheiros, redige a parte de combate após a tomada da ilha da Redenção, momentos antes de ser atingido por um tiro de canhão disparado da fortaleza de Itapiru. Acervo do Salão Guararapes. Acervo do Salão Guararapes.