Forte Coimbra

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Forte de Coímbra - 13 de Setembro de 1775.pdf

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Título

Forte Coimbra

Descrição

O Forte Novo de Coimbra, também referido como Forte de Nova Coimbra, Forte de Coimbra e Forte Portocarrero,[1] localiza-se na margem direita do rio Paraguai, em posição dominante sobre o estreito de São Francisco Xavier, no atual distrito de Forte Coimbra, município de Corumbá, estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil.
De acordo com o pesquisador Raul Silveira de Mello, o primitivo forte foi oficialmente fundado em 13 de setembro de 1775, embora a decisão de estabelecê-lo tenha sido tomada muito antes, no contexto da assinatura e das demarcações decorrentes do Tratado de Madri (1750).

A região do chamado Mato Grosso era conhecida desde o início do século XVIII quer por Bandeirantes paulistas e quer por missionários Jesuítas de Assunção, no Paraguai. Diante da necessidade de demarcação das terras por ambas as Coroas, era conveniente a implantação de algum ponto de apoio naquela região. Por parte de Portugal, desse modo, floresceu a ideia de se construir um presídio mais ao sul, próximo aos espanhóis.

A partir da chegada à região do primeiro governador da capitania de Mato Grosso, em 1751, e de várias mudanças governamentais e planos consolidados de defesa e expansão, o quarto capitão-general da capitania, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, determinou a fundação de um forte no curso do rio Paraguai para impedir o avanço espanhol e coibir a atuação dos índios Paiaguás. Para essa tarefa, designou o Capitão Mathias Ribeiro da Costa, com instruções para alcançar a região chamada de Fecho dos Morros, onde hoje se localiza Porto Murtinho, 292 quilômetros mais abaixo no curso do rio, a vinte dias de canoa de Cuiabá.

O Capitão partiu de Cuiabá no dia 22 de julho de 1775 acompanhado de 245 homens divididos em três grupamentos, com um total de 15 canoas, guiados por um indígena idoso.

O forte foi fundado em 13 de setembro de 1775, no estreito de São Francisco Xavier, na margem direita do rio Paraguai: o "Presídio de Coimbra". Recorde-se que um "presídio", à época, era um estabelecimento militar de colonização.
A partir de 1791, dado o precário estado de conservação do Forte de Nossa Senhora do Carmo, foram iniciadas obras para reconstrução da estrutura, em alvenaria de pedra e cal. Em 1795 assumiu o comando do forte o Capitão Francisco Rodrigues do Prado.[2]

O Governador e Capitão-general da Capitania de Mato Grosso, Caetano Pinto de Miranda Montenegro (17??-1804), tendo em vista as iniciativas espanholas do Fuerte Bourbon e do Fuerte de San Carlos del Apa na região fronteiriça, decidiu erigir uma fortificação mais sólida "na ponta do morro, onde fazem um grande ângulo obtuzo dois compridos estirões do [rio] Paraguai, que ficarão flanqueados pelo novo forte, o que não faria a antiga estacada."[3]

A partir de 1796, as obras do Forte Novo de Coimbra ficaram a cargo do Tenente-coronel Ricardo Franco de Almeida Serra, engenheiro militar e geógrafo, que prosseguiu as obras de reconstrução (3 de novembro de 1797) na qualidade de comandante do forte.[4] A planta de sua autoria (Planta do novo Forte de Coimbra, situado na margem ocidental do Paraguai, 1797. AHEx; BN, Rio de Janeiro) mostra a primitiva estacada ao lado da qual foi erguida uma fortificação orgânica, adaptada ao terreno, com o traçado de um polígono estrelado irregular. As muralhas, de cortinas asseteiradas, envolviam toda a fortificação, acompanhando o declive da encosta. Comportava duas baterias em plano horizontal, cruzando fogos sobre o rio, com oito canhoneiras pelo lado do rio e mais oito pelo lado de terra. A sudoeste, um fosso protegia a fortificação de um assalto pelo lado de terra. Completavam o conjunto edificações para a Capela, a Casa de Pólvora e Quartéis para a tropa.

Autor

Exército Brasileiro

Data

1775

Coleção

Referência

Exército Brasileiro, “Forte Coimbra,” EBAcervo, acesso em 19 de maio de 2024, http://ebacervo.eb.mil.br/items/show/217.

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