Floresta da Tijuca

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Dublin Core

Título

Floresta da Tijuca

Assunto

Paisagem; Floresta da Tijuca

Descrição

A Floresta da Tijuca ocupa uma grande área que percorre vários bairros do Rio de Janeiro, como o Alto da Boa Vista e o Cosme Velho.   Nos séculos XVII e XVIII, o Maciço da Tijuca foi, em sua maior parte, ocupado e devastado pela extração de madeiras e da utilização em monoculturas, especialmente o café, o que gerou sérios problemas ambientais com efeitos na cidade do Rio de Janeiro.  O mais perceptível deles foi a escassez de água.  Os sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista praticamente secaram e em um caso pioneiro da importância dos serviços ambientais fornecidos pelos ambientes naturais, iniciou-se um processo de desocupação e recuperação da vegetação natural.

Em 1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II como Florestas Protetoras e teve início então um processo de desapropriação de chácaras e fazendas, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação.  Ainda hoje é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazendas, como a Solidão, Mocke e Midosi, entre outras.  Pode-se dizer que a Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo, já que é mais antiga até do que Yellowstone, o primeiro Parque Nacional, criado em 1872, nos Estados Unidos.

A missão do reflorestamento foi confiada ao Major Manuel Gomes Archer, que iniciou o trabalho com seis escravos, alguns feitores, encarregados e assalariados que deram início ao reflorestamento.  Em apenas 13 anos, mais de 100 mil árvores foram plantadas, principalmente espécies da Mata Atlântica.  O substituto do Major Archer, o Barão d'Escragnolle, manteve os esforços de reflorestamento e iniciou também um trabalho de paisagismo voltado para o uso público e a contemplação. Sob coordenação do renomado paisagista francês Auguste Glaziou, a floresta foi transformada em um belo parque com recantos, áreas de lazer, fontes e lagos.  A aleia de eucaliptos e algumas pontas vistas hoje são resquícios deste trabalho. O plantio teve continuidade nos anos seguintes e, associado ao processo de regeneração natural, formou a grande floresta existente hoje no Maciço da Tijuca.

Após anos de relativo abandono e esforços pontuais de manutenção, a Floresta da Tijuca teve um período de forte revitalização na gestão do milionário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, na década de 1940.  A revitalização incluiu a abertura dos Restaurantes Esquilos, Floresta e Cascatinha, a consolidação das vias internas e os recantos e projetos paisagísticos de Roberto Burle Marx.

Em 1961, o Maciço da Tijuca - Paineiras, Corcovado, Tijuca, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca - foi transformado em Parque Nacional, recebendo o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, com 33 km².   Seis anos depois, em 8 de fevereiro de 1967, seu nome foi definitivamente alterado para Parque Nacional da Tijuca e, em 4 de julho de 2004, um Decreto Federal ampliou os limites do Parque para 39,51 km², incorporando locais como o Parque Lage, Serra dos Pretos Forros e Morro da Covanca.

O patrimônio natural é, sem dúvida, o mais conhecido e consagrado no Parque, mas sua ocupação ao longo de quatro séculos gerou uma valiosa herança histórico-cultural, que hoje se constitui em um importante acervo a ser preservado.

Referência

PARQUE da Tijuca. 2019. Disponível em: <http://parquenacionaldatijuca.rio/>. Acesso em: 12 ago. 2019.

Autor

Eny Varella

Fonte

Retrata a paisagem de uma cachoeira na floresta da tijuca em contraste com o céu azul. Nas cores amarela, azul, branca.

Editor

Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército - DPHCEx

Data

2012

Colaborador

Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército - DPHCEx

Direitos

No verso: "reg. 1100"

Relação

A Floresta da Tijuca ocupa uma área de 3.951 hectares encravada bem no centro da cidade do Rio de Janeiro.  O plantio de café foi introduzido no Rio de Janeiro em 1760.

Formato

70 cm x 50 cm
Materiais: Tinta óleo, tecido, madeira

Tipo

Artes visuais; Pintura

Identificador

Exposição 37º aniversário da DPHCEx - saguão Duque de Caxias - Palácio Duque de Caxias.
Assinatura: "Eny Varella/2012" - CID

Abrangência

Coleção Relíquias do Meu País

Imagem Parada Item Type Metadata

Formato Original

Óleo sobre tela

Dimensões Fisicas

70 cm x 50 cm

Coleção

Tags

Referência

Eny Varella, “Floresta da Tijuca,” EBAcervo, acesso em 16 de setembro de 2024, http://ebacervo.eb.mil.br/items/show/324.

Formatos de Saída

Geolocalização

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