Descrição
Após a queda da Fortaleza de Humaitá, em julho de 1868, o presidente paraguaio Francisco Solano Lopez concentrou suas forças em poderosas fortificações ao longo do rio Piquissiri, na margem esquerda do rio Paraguai. Flanqueavam essas posições uma extensa lagoa, a leste, a estreiteza do rio Paraguai em Angostura e a vastidão do chaco, a oeste. Solano Lopez estava convencido que as forças Aliadas não poderiam cruzar o chaco. Mas Caxias, como um Aníbal moderno, decidiu manobrar pelo terreno pantanoso. Para tanto, determinou a construção de uma estrada sobre estivas, com mais de dez quilômetros de extensão e utilizando cerca de seis mil troncos de palmeira "carandá", abundante na região. Essa operação é considerada a mais ousada e criativa de todo o conflito. Com a "Manobra de Piquissiri" os Aliados lograram atacar os paraguaios pela retaguarda, inesperadamente, obrigando-os a recuar na direção do arroio Itororó, onde, a 6 de dezembro de 1868, ocorreu a célebre batalha que deu início às vitórias da "Dezembrada". Esta obra retrata o momento em que o então Marquês de Caxias anuncia sua ousada decisão de construir uma estrada sobre o chaco, a qual permitirá às forças aliadas transpôr aqueles terrenos pantanosos e desbordar a poderosa posição paraguaia.
Pintura em óleo sobre tela, de autoria do Cel Estigarríbia, datada de 1998 e medindo 208 cm x 154 cm, representa o momento em que o então Marquês de Caxias, junto a seus principais comandantes, anuncia a criativa e ousada decisão de construir uma estrada sobre estivas para cruzar a pantanosa região do Chaco, permitindo às forças aliadas desbordar o poderoso obstáculo oferecido pelas posições de Piquissiri e atacar a retaguarda paraguaia, prosseguindo em seu avanço para as vitórias da “Dezembrada”. Acervo do Salão Guararapes.